Educação
Plenária marca segundo dia de paralisação
Servidores da Educação estadual de Pelotas estiveram reunidos nesta terça-feira para definir novas atividades e dialogar sobre o futuro da mobilização
Jô Folha -
O auditório do Sindicato da Alimentação foi palco da plenária de greve dos trabalhadores da Educação da rede estadual que ocorreu na tarde desta terça-feira (19). Com o espaço lotado, a categoria que luta diariamente para conseguir receber em dia seus salários, agora resiste para tentar impedir que um pacote de medidas, que afeta o Plano de Carreira e os aposentados, proposto pelo governador Eduardo Leite (PSDB), seja aprovado.
O encontro serviu para os servidores públicos dialogarem sobre o futuro do movimento, que começou na última segunda-feira, sugerir novas atividades e compartilhar as situações de suas escolas. Além disso, foi montado o comando de greve, um grupo que será responsável por articular toda a movimentação, como por exemplo as atividades e as visitas nas escolas que ainda não somaram ao movimento.
Quem esteve presente no momento foi a funcionária Fabiana Fagundes, que há mais de dois anos é secretária da escola Pedro Osório. Ela explica que assim como os professores, eles também serão afetados, caso as medidas sejam aprovadas. "Além do massacre do parcelamento e dos atrasos nos salários, esse pacote vem acabar com o mínimo que temos." Com salários sem reajustes há mais de cinco anos, o mínimo referido pela funcionária é que as medidas ameaçam diretamente as vantagens temporais, como os triênios e quinquênios.
O presidente do 24° Núcleo do Cpers-Sindicato, Mauro Amaral, define esses primeiros dias de greve como um tempo de ampliação e fortalecimento entre as escolas, e acredita que a tendência do movimento é crescer cada vez mais. Desde segunda-feira os representantes estão em contato com os educandários para fazer levantamentos de adesão e dialogar com quem ainda não aderiu à paralisação. "Será uma greve histórica, pois estamos vivendo o pior ataque dos últimos tempos", frisou. A categoria classifica o pacote de medidas como um massacre e também afirma que todos os pontos vão de acordo com o projeto do governo federal, que tem por objetivo o desmonte da Educação pública.
Professora de Geografia da rede estadual há mais de 18 anos, Rosimeri Zurchimitten diz estar brigando para manter o que foi muito difícil de adquirir. "Nossas mobilizações sempre foram para conquistar, agora é pra manter direitos", completou. O que espera a docente é que haja sensibilidade dos deputados na hora da votação, e que o pacote não seja aprovado do jeito que está.
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